A Síndrome de Noé é uma doença definida pela acumulação excessiva de animais
A princípio, esse transtorno se caracteriza não só como um problema de saúde mental, mas também como um problema de saúde pública. Essa doença coloca não só a vida dos animais em risco, mas também a saúde do próprio acumulador e das pessoas próximas.
Por conta das condições da acumulação obsessiva, muitos desses animais são vítimas de maus-tratos. Sendo assim, eles vivem em ambientes sujos, lotados, passando fome e vivendo com os cadáveres uns dos outros. Aliás, em alguns casos, as pessoas tendem a colocar os cães e gatos em jaulas.
Além disso, em muitos casos, as pessoas com a Síndrome de Noé não sabem ou não aceitam que sofrem da mesma.
O que é a Síndrome de Noé?
A Síndrome de Noé se caracteriza como um transtorno de acumulação. Sendo assim, existe uma dificuldade em desfazer-se de objetos ou animais que ocupam várias divisões da casa. Muitas vezes, o “apego” é tão grande que a pessoa permanece com os animais mesmo depois de mortos.
Aliás, essa condição clínica está muitas vezes relacionada com algumas doenças psicopatológicas. Como, por exemplo, a esquizofrenia, perturbações de personalidade, perturbações obsessivo-compulsivas e, principalmente, com a depressão.
Protetor X Acumulador
Alguns acumuladores defendem sua situação e se denominam como protetores, mas está claro que não são. Aliás, isso também contribui para que outras pessoas entreguem mais animais a eles, imaginando que serão bem cuidados.
Por outro lado, um protetor também acolhe centenas de animais das ruas. No entanto, ele cuida, protege e encaminha para novos lares. Aliás, mesmo que alguém tenha muitos animais, isso não o torna um acumulador. Um protetor precisa ter um ambiente apropriado, além de cuidar de forma saudável dos animais.
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Síndrome de Noé: os sintomas
Os sinais são muito evidentes, não somente pelo fato da pessoa ser pouco sociável, mas também pelo exagero. Os mais comuns são:
- Acumulação excessiva e patológica de animais;
- Condições anti-higiênicas e de insalubridade da casa;
- Animais sem acesso às condições básicas de saúde;
- Alteração e distorção da percepção sobre a atual situação.
Devo denunciar um acumulador?
A resposta é: sim. Porém, ao conhecer alguém com os sintomas, a melhor escolha é conversar primeiro com um familiar ou amigo próximo do compulsivo. Dessa forma, será possível mostrar que a pessoa precisa de ajuda. Além disso, o segundo passo é procurar um médico psiquiatra ou psicólogo.
Em casos extremos, você poderá entrar em contato com as autoridades locais. Tais como: polícia, bombeiros, saúde pública, agências de serviços de proteção ou bem-estar animal. Normalmente, perante o diagnóstico de um caso de síndrome de obsessão por animais, se intervém legalmente com a retirada dos animais.
Como denunciar maus-tratos?
Caso você presencie alguém abandonando ou maltratando um animal, acione uma autoridade local. Aliás, denúncias anônimas são feitas através do Disque-Denúncia. Em São Paulo, esse serviço é feito pelo número 181.
Por fim, outra opção é ligar para o número 190. Você também pode fazer um B.O presencialmente, na delegacia de polícia mais próxima.
Esta cartilha é feita para compartilhar informações de como denunciar em todo território nacional. Além disso, ao final, você também pode acessar o meu formulário de denúncias. Não fique em silêncio. Denuncie os maus-tratos. CLIQUE AQUI E FAÇA O DOWNLOAD DA CARTILHA DE COMO DENUNCIAR OS MAUS-TRATOS.
Fonte: Psicologia Online.