Chegamos no Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher!
Agosto Lilás é o mês de combate à violência contra a mulher, ressaltando a importância de denunciar o seu agressor. Aliás, no dia 7 de agosto, a Lei Maria da Penha – que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar – completa 15 anos.
No ano passado, o Brasil teve 12 denúncias de violência contra mulher por hora. Foram mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher registradas em 2020. Além disso, o momento de pandemia também influenciou de forma direta o psicológico das pessoas. Certamente, contribuindo para o aumento de consumo de álcool e outras drogas.
Portanto, além de ficarem mais próximas de seus agressores, as vítimas se encontram reféns e, muitas vezes, impedidas de realizarem um boletim de ocorrência na delegacia.
Além disso, é importante falar sobre, principalmente agora no mês de agosto, que representa o mês de combate à violência doméstica com a campanha #AgostoLilás. Logo, algumas instituições e empresas se uniram para criar outras possibilidades de denúncia, visando ainda mais o uso da internet:
O programa Você Não Está Sozinha do Instituto Avon
A ferramenta, lançada em parceria com Uber e Wieden+Kennedy, simula uma conversa no Whatsapp para que a vítima possa denunciar sem levantar alardes ao agressor. O bot pode até sugerir a ida ao hospital ou até uma delegacia, pois disponibiliza um código para uma corrida gratuita no Uber. A assistente virtual está disponível no seguinte número: (11) 94494-2415.
A ISA.bot
Um ação do Think Olga e do Mapa do Acolhimento com apoio do Google, Facebook e ONU Mulheres, que fornece informações e orientações sobre violência contra a mulher. Portanto, além de ser acessado pela página (facebook.com/chama.isa.bot), o usuário pode usar o comando no assistente Google dos celulares falando: “ok google, falar com robô Isa”. Aliás, em situações urgentes, o número da polícia (190) e a linha de apoio específica para violência doméstica (180) podem ser acionados.
Aplicativo Magazine Luiza
Com a campanha #EuMetoAColherSim em 2019, o aplicativo da loja passou a ter um botão escondido para a realização de denúncias discretas com a ligação para o 180. Ademais, essa opção ganhou ainda mais conhecimento agora, durante a pandemia.
Campanha Sinal Vermelho
Aqui a denúncia não é online, porém é feita de forma discreta em um ambiente que não levanta suspeitas. Ou seja, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) construíram essa campanha inspirados em uma que já existe na Índia, de forma que as mulheres denunciam seus agressores fazendo um símbolo vermelho na palma da mão.
No Brasil, a vítima precisa mostrar a algum funcionário da farmácia um X vermelho em uma das mãos, indicando que está sofrendo violência doméstica. Aliás, o funcionário, que será treinando para agir nesse caso, chamará a polícia. Não tendo a necessidade de se deslocar até a delegacia para testemunhar, logo, não existirá o sentimento de medo e o anonimato será mantido.
Além disso, em São Paulo várias farmácias já aderiram a causa como: Drogaria COPLAN, Farma Campos, Drogaria Quinta Avenida, Rede Drogal, Drogaria São paulo, Drogarias Nissei, ExtraFarma, Farmácias Pague Menos, Drogasil e outras. Acompanhe o restante da lista clicando aqui.
Meios convencionais
O número 180 deve ser utilizado para casos de violência contra mulheres acima de 18 anos. E o número 100 para menores de idade, idosos e outros vulneráveis. Já o 190 entra em casos que envolvem riscos de vida. Além disso, há serviços onlines, como o site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e o aplicativo “Direitos Humanos Brasil”.
Antes de tudo, além de serviços e programas especializados em violência contra mulher, é possível procurar apoio em: Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).
Agosto Lilás: O impacto da pandemia na violência doméstica
Visto isso, uma campanha do Instituto Maria da Penha (IMP) demonstrou através de um vídeo a violência doméstica em um momento de quarentena. Simulando uma reunião rotineira de trabalho feita por videoconferência. Além disso, o cenário muda e nitidamente se torna mais tenso após a personagem fictícia Carla aparecer muito maquiada às 10h da manhã, agindo de forma agitada e o seu marido ao fundo. Confira o vídeo então:
Portanto, o crescente número de casos ocasionou um aumento de debates sobre o assunto. Afinal, isso contribui para que esse ato deixe de ser um tabu, e assim, cada vez mais mulheres não se tornem vítimas de feminicídio. Fortaleça principalmente a campanha #AgostoLilás e denuncie casos de violência doméstica.
Aliás, os agressores não são apenas aqueles que cometem o ato, mas também os que acobertam e olham a situação como algo normal.
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A violência contra as mulheres é um problema grave que deve ser combatido por toda a sociedade. Em média, a cada 7 horas, uma mulher é morta — essas mulheres, em sua maior parte, sofriam violência doméstica antes do ocorrido. Infelizmente, foram vítimas que viveram com medo de seus agressores e não tiveram voz, e assim se tornaram parte desta estatística. Muitas mulheres não fazem a denúncia por medo de retaliação ou impunidade: 22,1% delas recorrem à polícia, enquanto 20,8% não registram queixa. CLIQUE AQUI É LEIA A CARTILHA SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
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