Investigação revela crueldade com elefantes bebês. Filmagens realizadas pela organização World Animal Protection (WAP) mostra os animais sendo submetidos a treinamentos violentos, exaustivos e cruéis. Tudo isso pela indústria turística da Tailândia.
Sendo assim, os animais acabam forçados a aprender a pintar, girar arcos, carregar pessoas e ficar em pé sob as duas patas traseiras para divertir turistas.
O treinamento que, certamente, mais se assemelha a sessões de tortura, tem como objetivo destruir todos os instintos naturais dos animais.
Afinal, no país, isso se chama “quebrar a alma”. Portanto, após o treinamento, o elefante não é mais considerado um “ser vivo”, ou seja, torna-se um objeto domesticado para ser explorado.
Sua vida é destinada para uma triste história, usada para os fins que os seus algozes desejam com o objetivo único de ganhar dinheiro.
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A crueldade toda começa assim: os bebês ficam separados de suas mães e acabam molestados com ganchos e lanças com pontas afiadas.
Em seguida, são acorrentados isolados e deixados chorando sozinhos no escuro. Sendo assim, os instintos naturais são substituídos por dor e medo.
Eles também são expostos à altas temperaturas e não recebem alimentação adequada. O estresse deixa os elefantes com sequelas e transtornos psicológicos pra toda a vida.
Investigação revela crueldade com elefantes: industria cruel vem crescendo
Segundo a WAP, há cerca de 2.800 elefantes escravizados pela indústria do turismo na Tailândia. E esse número só cresce com o passar dos anos.
“A demanda turística é um fator-chave para essas atrocidades. Enquanto a complexidade e a falta de modernidade das muitas leis tailandesas sobre elefantes tornam a salvaguarda do bem-estar dos elefantes mais difícil”, aponta a organização.
O que leva as pessoas a contribuírem com isso?
Muitas vezes, ter contato com um animal que, se estivesse na natureza, não seria possível nem chegar perto, é o que motiva as pessoas. Aliás, é capaz que a maioria delas não faça isso com a intenção de contribuir para o sofrimento desses animais, mas sim por gostar muito deles. Logo, não pensam duas vezes e acabam fazendo parte disso pela “experiência única”.
Outro fator que contribui para o crescimento disso é a exposição nas redes sociais. A necessidade de conseguir likes nas redes sociais torna os momentos exóticos cada vez mais procurados para a selfie perfeita.
Contudo, a única forma de ajudar a abolir a exploração e crueldade com os animais é não financiar estas atividades. Ou seja, boicotando o turismo e empresas de viagem que são conivente com maus-tratos.
Sem demanda, a indústria turística do país não terá outra escolha a não ser se reinventar e buscar formas alternativas e compassivas de mostrar sua cultura para visitantes sem precisar fazer mal a nenhum ser vivo.
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