Mulher adota gato deficiente que seria sacrificado e compartilha seus momentos com o animal
Os animais que nascem com alguma dificuldade física infelizmente acabam sendo os últimos a serem adotados. Contudo, sempre existem pessoas de coração bom. Elas estão sempre dispostas a ajudar os animais mais vulneráveis, em especial aqueles que foram vítimas de abuso e negligência.
Angelito é um gato que foi resgatado debaixo de um carro. Ele havia sido abandonado nas redondezas dias antes, bem provável que seja pelo fato de ter deficiência.
De acordo com o site Zoorprendente, a pessoa que o encontrou sugeriu que ele fosse sacrificado. Ideia rejeitada pela colombiana Tata Céspedes, da cidade de Neiva, no sul do país.
Tata resolveu acolher o gatinho, cuidando dele e dando-lhe todo o amor necessário para que Angelito prosperasse e tivesse outra chance de viver feliz.
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Angelito nasceu com uma doença congênita que afetou sua coluna e, como resultado, suas patas traseiras atrofiaram e ficaram imóveis.
Sobre eutanásia
“A eutanásia nunca passou pela minha cabeça, procurei todos os caminhos. Me disseram que ele não ia viver muito, mas eu disse que cuidaria dele enquanto ele vivesse”, disse a colombiana.
Aliás, poucas pessoas acreditaram que este gatinho poderia sobreviver. Até mesmo três centros veterinários aconselharam Tata à eutanásia (morte assistida, sacrifício de animais).
Contudo, Tata não desistiu, vendo nos olhos do gato a vontade em viver. Portanto, depois de muita busca, ela teve a ajuda de um médico que acreditou neste pequeno felino e prometeu reabilitá-lo.
Conquista da mobilidade
Com uma dieta balanceada e uma rotina regular de exercícios físicos, Angelito melhorou seu quadro clínico. Aliás, hoje é um gato saudável. Tem expectativa de vida comum para sua raça.
Há alguns meses, ele ganhou uma cadeirinha de rodas feita sob medida, para que possa andar por aí, sendo mais independente de sua dona.
“Com ele, minha vida mudou total, para melhor. Se você se encontra em uma situação como essa, não olhe para o lado mais fácil e dê uma chance a esses bichinhos que tanto nos amam”, concluiu Tata.
Por fim, como denunciar quem abandona os animais?
Caso você presencie alguém abandonando ou maltratando um animal, acione uma autoridade local, pois isso configura crime ambiental. Denúncias anônimas são feitas através do Disque-Denúncia. Em São Paulo, esse serviço é feito pelo número 181.
Outra opção é ligar para o número 190, para pedir o comparecimento da Polícia Militar do Local. Além disso, você pode fazer um Boletim de Ocorrência presencialmente, na delegacia de polícia mais próxima, de acordo com cada estado.
Ademais, para o estado de SP há a Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA). Em caso de auxílio para a remoção de animais grandes ou questões de tráficos de animais silvestres a denúncia pode ser feita para a Polícia Militar Ambiental.
Legislações pertinentes
Hoje a legislação pertinente é a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 9 Lei de Crimes Ambientais) que, em seu artigo 32 afirma:
“Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.
§ 2º. “A pena aumenta de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.”
(FONTE: Amo Meu Pet)