Ceratocone é uma doença no olho que surge principalmente durante a infância e adolescência, e precisa ser tratada quanto antes
Não muito comentado, mas bastante prejudicial. É assim que podemos classificar o Ceratocone, uma doença genética rara, de caráter hereditário, que altera o formato e espessura da córnea, deixando a visão embaçada e irregular.
O olho acaba encurvando e criando um formato semelhante ao de um cone. Essas mudanças podem até causar perda total da visão.
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Aliás, estima-se que 1 a cada 2.000 pessoas desenvolve a doença. O ceratocone pode aparecer no início da adolescência e tende a prolongar-se até os 30 a 35 anos.
Outros sintomas são:
- sensibilidade à luz (fotofobia);
- comprometimento da visão noturna;
- visão dupla (diplopia);
- formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto (poliopia).
Qual é a causa do ceratocone?
De acordo com Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde, cerca de 1% a 5% da população possui má formação em um gene que desencadeia o ceratocone. Contudo, sua causa é desconhecida.
Além disso, o surgimento da doença também parece depender de estímulos externos. Ou seja, coçar, esfregar, apertar e fazer qualquer movimento brusco e/ou involuntário nos olhos.
Coçar os olhos é um ato perigoso. Atente-se!
Quem tem ceratocone pode ficar cego?
Existem alguns níveis da doença. Em casos graves, as mudanças no formato dos olhos podem sim, causar perda total da visão.
Afinal, o ceratocone é uma das principais causas para transplante de córnea. Mas indica-se esse procedimento apenas quando os óculos e as lentes de contato especiais não são suficientes para a correção visual.
Portanto, quando o tratamento adequado é feito a tempo, reduz o risco de perder a visão. Menos de 10% dos casos evoluem para transplante.
Como tratar?
Nas fases iniciais, quando a deformação da córnea não é grave, o uso de óculos é suficiente para tratar. Contudo, à medida que o ceratocone evolui, é necessário substituir os óculos por lentes de contato. Elas tratam a superfície anterior da córnea e corrigem o astigmatismo irregular provocado pela deformidade.
Além disso, outras opções são os anéis intracorneais ou intraestromais, chamados anéis de Ferrara. Utilizados para regularizar a curvatura da córnea, quando os óculos e as lentes não resolvem mais.
Há também o crosslinking, uma intervenção que evita que a córnea continue abaulando. Nessa técnica, corta-se a superfície da córnea, para depois aplicar um colírio à base de vitamina B2 e, em seguida, um feixe de luz ultravioleta.
Por fim, embora o ceratocone seja uma causa frequente de transplante de córnea, recomenda-se a cirurgia em um número pequeno de casos mais graves. Ou seja, quando os pacientes deixam de responder bem às outras formas de tratamento.
Delegado Bruno Lima foi diagnosticado com ceratocone
“Há 13 anos, com meus 20/21 anos, eu me preparava para prestar concurso para Delegado de Polícia Civil, e nesse período eu tive Ceratocone. Fui submetido a 5 cirurgias e corri grandes riscos de perder a visão definitivamente. A possibilidade de eu ficar cego surgiu em mais de uma oportunidade.
Estudava através de audiobooks, com fones de ouvido, e minha família também fazia a leitura dos conteúdos para mim. Sou muito grato a eles e também a Deus! Passei por grandes provações na vida. A minha força de superação e a vontade de de vencer, foram determinantes para que eu alcançasse os meus objetivos. Se você tem um objetivo, lute até alcançar”, declarou o deputado Delegado Bruno Lima em suas redes sociais.
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