Gabriel Moreno, estudante da Universidade de Oxford, criou um couro vegano sustentável a partir de uma planta
Gabriel Moreno, pós-graduando em Oxford, criou um couro vegano através de uma planta suculenta chamada “fique”. Aliás, essa é uma alternativa aos materiais que prejudicam o nosso meio ambiente.
Sendo assim, o material feito da planta e látex de borracha natural é parte da empresa Fiquetex. A empresa foi fundada por Gabriel e seu pai, Alex, e é ecologicamente correta. A Fiquetex cria produtos de tecido e couro 100% sustentáveis, biodegradáveis e renováveis a partir da planta colombiana.
Gabriel e seu pai passaram cinco anos pesquisando para achar uma alternativa aos materiais que são perigosos para o meio ambiente. Como, por exemplo, o plástico e o couro sintético, que são grandes vilões nesse quesito.
Além disso, os tecidos da empresa utilizam apenas 10% de energia comparada com a necessidade de produção necessária para o náilon. Além disso, o processo único de economia circular significa que o material produzido se biodegradará em apenas 100 dias após ser enterrado.
O processo de patenteamento da empresa contou com a Academia Real de Engenharia em Londres no processo de aperfeiçoamento inovador.
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Uma start-up vegana e premiada
Atualmente, Gabriel Moreno é estudante de economia latino-americana na Universidade de Oxford. Aliás, recentemente ele recebeu da universidade um prêmio de empreendedorismo na competição “All-Innovate”.
“Sempre me dediquei a descobrir como podemos viver de forma mais sustentável para garantir um futuro mais saudável e verde para o planeta”, diz Moreno.
“Empresas como a H&M e o clube de futebol Forest Green Rovers buscam novas alternativas sustentáveis. Países como a China e o Canadá estão proibindo plásticos de uso único e nós temos a solução ecologicamente correta e econômica que o mundo precisa”, completa.
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Por fim, Gabriel quer lançar para o mundo o tecido da planta fique e o couro vegano (também da planta fique) em julho.
(Créditos: ANDA)
Qual a importância do crescimento do mercado de couro vegano?
Durante muitos anos na indústria da moda, o couro animal sempre foi o mais desejado. Porém, com o passar dos anos, a conscientização sobre o sofrimento dos animais apenas para nutrir o “ego” da moda começou a ser levado em consideração. Sendo assim, campanhas foram iniciadas para que o couro animal não fosse mais utilizado. Afinal, além do sofrimento dos animais, a produção de couro real afeta também o meio ambiente.
Sendo assim, consumidores com um olhar sustentável iniciaram o incentivo ao mercado de couro vegano. Fazendo assim, com que o sustentável fosse o novo desejo.
Logo, com o aumento da procura pela opção sustentável, a demanda por esse item aumentou também. Sendo assim, os fabricantes e lojas precisaram se adequar às novas exigências dos clientes.
Marcas luxuosas apostam em couro vegano
Dessa forma, segundo o portal Vegan Business, marcas como Tesla, BMW, Mercedes-Benz, Lexus e Ferrari, já oferecem opções de automóveis com interiores em couro vegano.
Além disso, o portal Vegan Business separou 15 fontes naturais utilizadas na produção de couro vegano sustentável. Confira:
1- Uva:
Primeiramente, o Vegea, totalmente natural, é feito de cascas de uva. Além de caules e sementes descartadas na produção de vinho. E o melhor, as tonalidades naturais da uva dispensam o uso de outros corantes.
2 – Maçã:
O Frumat utiliza a celulose residual do processo de prensagem de sidra. Aliás, a Happy Genie e a Veggani já produzem bolsas com esse material.
3- Abacaxi:
O Pinatex é um subproduto da colheita da fruta. Sendo assim, é macio, flexível e respirável. Aliás, também pode ser impresso, costurado e cortado. Foi a escolha da marca Hugo Boss para o lançamento de uma coleção de calçados veganos.
4- Papel reciclado:
Na produção da Cartina o material reciclável é triturado e passa por um processo para deixá-lo impermeável e resistente.
5- Cortiça:
O processo utiliza a casca das árvores de sobreiros. Com suas qualidades naturalmente impermeáveis e textura orgânica, já é utilizado por marcas como Chanel, Louboutin e EVE.
6- Cogumelo:
O Mycotech lembra camurça e é feito a partir de cápsulas de cogumelos com ingredientes não tóxicos. Sendo assim, o material biodegradável é mais macio, mais respirável e mais repelente à água que o couro de animais.
7- Chá:
Apesar de ainda estar em fase de testes, utiliza a colheita de fibras de uma mistura à base de kombucha.
8- Soja:
Feito a partir do escoamento líquido inerente à produção de tofu. Por outro lado, ainda está em fase de testes.
9- Milho:
Feito a base de polímeros derivados de plantas de fontes naturais renováveis. Sendo assim, a principal matéria-prima é o milho de campo.
10- Borracha reciclada:
A borracha reciclada imita a texturas que podem aparentar poros, brilhos e couro fosco.
11- Algodão encerado:
O algodão, preferencialmente orgânico, é um substituto perfeito para o couro. Marc Jacobs já utiliza em jeans e bolsas.
12- Madeira (casca de árvore):
Semelhante à cortiça, feito de madeira sustentável, o couro de madeira é durável, forte e devido às variações naturais produz peças únicas. Utilizado por Dolce e Gabbana.
13- Agave:
Usa as folhas grossas que crescem a partir da planta para produzir uma fibra fina que é tecida em acessórios normalmente feitos de couro.
14- Teca:
Utiliza as folhas gigantes da planta. Além disso, Elpis Studio já utiliza essa matéria-prima para produzir peças únicas, com a textura natural da folha e variações de cores.
15- Café:
Utiliza grãos de café. Aliás, o material inovador, produzido e patenteado pela empresa Alemã Nat-2, ainda carrega um cheirinho de café.