De acordo com o artigo publicado este ano no site Nature Conservation, o tráfico de animais está ameaçando a sobrevivência de leopardos (leopardos-de-java e os leopardos-nebulosos-de-bornéu), na Indonésia.
Aliás, pesquisadores descobriram que o país na Ásia possui um comércio ilegal significativo das duas espécies. De 2011 a 2019, descobriu-se 41 registros de apreensões, que totalizam cerca de 83 animais, segundo o relatório.
Mas, os autores dizem que é provável que estes números sejam apenas uma fração do comércio verdadeiro.
Contudo, com ambas as espécies sofrendo declínios populacionais significativos, qualquer nível de caça ou comércio ilegal poderia pesar a balança em direção à extinção.
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“Podem haver grandes consequências conservacionistas para ambas as espécies assim que você começa a remover os animais, especialmente os adultos”, disse o coautor do artigo e diretor executivo da Monitor Conservation Research Society, Chris Shepherd
Aliás, ele acrescenta que é provável que os registros não capturem toda a extensão do comércio dessas espécies: “Quando olhamos para as apreensões, é comum ouvir termos como ‘a ponta do iceberg.’ Não sabemos qual a porcentagem que estas apreensões representam.”
(Fonte: Anda)
As consequências do tráfico
A princípio, um dos principais efeitos é a extinção. Apesar de ser comum na natureza, vem tendo o processo intensificado pelas ações do homem.
Portanto, um animal é dado como extinto quando deixa de existir. Seja na natureza ou em cativeiro. Por causas naturais ou pela ação do homem. Está aí a diferença dos que estão ameaçados de extinção.
Além disso, o tráfico ocasiona a perda da herança genética. Visto que o número reduzido de animais acaba por favorecer o cruzamento entre parentes.
Sem contar que cada animal tem uma “função”, como a de predador ou disseminador de sementes. Portanto, a prática pode levar a danos ecológicos.
Os tipos de tráficos
Existem quatro tipos: para colecionadores, fins científicos, pets e produtos de fauna.
O primeiro é o mais cruel e visa as espécies ameaçadas de extinção.
O segundo tipo é conhecido como biopirataria. Portanto, as espécies fornecem substâncias para pesquisas e produção de medicamentos.
Além disso, os animais destinados para serem pets entram na modalidade que mais incentiva o tráfico no Brasil. Esse tipo ocorre de acordo com a demanda. As organizações incentivam a compra e venda ilegal desses animais.
Por fim, os produtos de fauna que são: penas, couro, pele e presas. Todos vendidos de forma ilegal.
Os principais fornecedores dos adereços são: psitacídeos (pássaros) para adornos de penas, além de répteis e mamíferos para o fornecimento de peles.
É CRIME AMBIENTAL
Como já dito, há sequelas ao contribuir com o tráfico de animais. Isso mesmo que seja de forma indireta. No Brasil, vender ou comprar animais sem licença é crime ambiental. E conta com penas e multas. Aliás, elas podem variar de acordo com o grau de envolvimento com o crime.
Por fim, como denunciar no Brasil
- Ibama – Linha Verde: Para reclamações e denúncias:
Tel.: 0800 618080
Envie um email para: linhaverde.sede@ibama.gov.br.
Visite o site do Ibama. - RENCTAS
Caso a situação envolva compra e venda:
Tel.: (61) 3550-7227
Envie um email para: renctas@renctas.org.br.
Visite o site da Renctas. - SIGAM
Em caso de animais silvestres em cativeiro, comércio irregular ou caça: é possível denunciar através do site do SIGAM.
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