Adotar um animal se torna um ato de amor e responsabilidade social
A venda de animais é um mercado de muita demanda, além de ser muito lucrativo. Mas, ao mesmo tempo que animais são procurados para a compra, a população de animais de rua só aumenta. Só em 2014, a estimativa de animais de rua era de 30 milhões.
Adotar animais em situação de rua
Existe uma superpopulação de cães e gatos de rua no Brasil que, em maioria, já estiveram em um lar antes. Uma situação extremamente preocupante, pois os bichinhos passam fome e não recebem os cuidados necessários de saúde.
Aliás, nem todos são castrados, o que acaba agravando o problema da superpopulação de animais de rua.
Além disso, mesmo sendo resgatados por organizações e abrigos, eles não recebem toda atenção necessária que poderiam receber se estivessem em uma família. Abrigos transbordam de cães e gatos necessitando desesperadamente de um lar que os acolha.
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A compra é o incentivo para a reprodução cruel desses animais
Há inúmeros abrigos lotados de animais que foram vítimas de maus-tratos, abandonos e, inclusive, vítimas de tratamentos cruéis em locais que criam animais destinados à venda. Aliás, nesses criadouros, os responsáveis exploram principalmente as fêmeas para procriarem cada vez mais animais — em menor intervalo de tempo que a natureza permite.
Ou seja, quanto mais filhotes, mais dinheiro. Por esse motivo os criadores exploram as cadelas, e quando elas já não podem mais ter filhos ou os que nascem são deformados, elas são sacrificadas. Aliás, muitos filhotes também morrem por más condições de criação e transporte.
Nessas condições, não faz sentido incentivar o comércio de um ser vivo, quando há tantos outros em estado de abandono esperando por uma oportunidade de uma vida digna. Priorizar a adoção é mais ético e sustentável. Há muitas denúncias de animais vivendo e sendo explorados por criadores.
Em vários resgates do Deputado Delegado Bruno Lima, a equipe resgata diversos animais em situações precárias vivendo em canis clandestinos. Imagine passar a vida dessa forma:
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Mas, é importante ressaltar que existem criadores sérios e comprometidos com a saúde e o cuidado dos animais. Porém, o futuro tutor deve pesquisar e, principalmente, conhecer o local antes. Aliás, muitos compradores não possuem nem o conhecimento da origem do animal que estão comprando, e assim, contribuem com comércios injustos e cruéis que não se importam com a saúde do animal.
Logo, enquanto houver comprador, haverá vendedor. Ao comprar de um criador clandestino ou que pratique crueldade com os animais você está estimulando e financiando essas práticas. Muita gente usa a exploração de cães de raça para lucrar com a venda dos filhotes sem se preocupar com a saúde dos adultos.
Adotar de forma responsável
Antes da adoção, o futuro tutor precisa rever se realmente terá disposição e tempo de cuidar de um animal. E claro, não esquecer que animal não é brinquedo! Eles comem, ficam doentes e necessitam de atenção.
Infelizmente, como mencionado anteriormente, muitos animais de rua já tiveram um lar anteriormente. Tanto os cães quanto os gatos se apegam aos seus donos e, muitas vezes, entram em depressão ao serem rejeitados (imagine por mais de uma vez).
Como forma de proteção e garantia, os protetores só entregam os animais para adoção, após revisarem o histórico de quem quer adotar. Aliás, elas podem até fazer visitas aos endereços para se certificar que o ambiente pode realmente receber um animalzinho. E, claro, garantir que o tutor seja alguém sem histórico de abuso ou abandono de animais.
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