A relação crianças e animais requer compromisso, responsabilidade e dedicação. Assim sendo, quando uma criança pede para ter um gato, cachorro, ou qualquer outro pet, é necessário analisar se ela está pronta para isso. Uma vez que ele é algo para quase a vida toda, e não um brinquedo que você pode encostar se enjoar. Portanto, acaba sendo importante prestar atenção nos comportamentos das crianças com os animais.
De certo modo, um novo companheiro em casa pode ajudar a criança a desenvolver competências e habilidades para a vida adulta. Portanto, cabe aos pais organizarem uma rotina de acordo com a idade do seu filho e o porte do animal.
Sendo assim, o primeiro passo é instruir que o animalzinho não está ali apenas para diversão dela, e sim como um novo membro da família, que precisa de todo o cuidado e atenção.
Começar ensinando sobre a importância da alimentação já é um passo para mostrar para a criança que ele é um ser vivo que sente fome e fica doente. Com o tempo, ela pode adquirir a responsabilidade dela mesma encher a vasilha de ração e verificar a água. Além, de tomar a iniciativa de limpar a “sujeira”.
Também é importante ensinar medidas de segurança para ela. Um cachorro de rua ou do vizinho não é o mesmo que a gente tem em casa, portanto, ela precisa aprender que ela não deve se aproximar de cachorros que ela não conhece, para não assustar o animal. Não diga que ele a pode morder ou que “ele é do mau”. Isso vai influenciar a visão dela sobre os animais, fazendo com que ela além de temer, tenha ações mais violentas em relação a eles. Fale de forma mais simples, que ele pode tentar se defender por medo.
A idade da criança
A idade pode influenciar em diversos fatores na relação entre crianças e animais. As mais novas podem se machucar brincando com um cachorro de grande porte – precisando sempre da supervisão dos pais. Além de acontecer delas mesmas machucarem o animal batendo ou mordendo.
Recentemente, viralizou na internet um vídeo de uma garotinha no Tiktok dando tapas no cachorro dela. A ação obviamente foi gravada por uma adulto, que não a instruiu que aquilo não era uma brincadeira. Infelizmente, não é incomum vídeos assim em outras redes sociais.
A ação de chutar, puxar o rabo, jogar algum objeto nele, morder, etc. se desencadeia por diversos fatores. Normalmente, a criança reproduz aquilo que ela aprende no seu dia dia. Assim como a “teoria do elo” apresentada por diversos especialistas. Ela aponta que os maus-tratos aos animais servem como um indicador de que algo não está em harmonia em uma família.
Tratar a criança com violência ou mostrar comportamentos agressivos perto dela, pode influenciar para que ela reproduza a mesma ação no animal, até mesmo de forma indireta, ocasionando um ciclo. Além disso, com o tempo os maus-tratos podem servir como um indicador de futuros comportamentos criminosos.
Qual atitude tomar?
Caso presencie a criança maltratando de alguma forma um animal, além de barrar a ação, é importante rever o motivo dela está agindo dessa maneira – se o ato está vindo de algum comportamento familiar, ou se ela enxerga aquilo apenas como uma “brincadeira”, e tente demonstrar o amor pelo pet apertando ele com força ou puxando os pelos.
Ela precisa entender que o animalzinho também sente dor e é um membro da família. Claro que a ação não pode vim apenas dela. Se o adulto também cometer atos de gritar com o animal ou agredir ele, a criança fará igual.
Caso a situação não pare, a família precisa rever se a criança está pronta para ter um pet em casa. Às vezes não é a hora certa ou eles precisam organizar, antes de tudo, a convivência entre eles.
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