O mês de junho tem duas situações que podem se relacionar: 3 meses de quarentena e o mês do meio ambiente. A relação existe pelas consequências pandemia no meio ambiente, principalmente no quesito poluição.
Só no início da quarentena o número de poluentes já caíram. Em São Paulo, os índices de poluição atmosférica teve redução de cerca de 50%. Isso em apenas uma semana de quarentena, segundo dados divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Mas o impacto não foi apenas no Brasil. A redução na atividade econômica reduziu bem os níveis de poluição. Imagens de satélites mostram a redução de dióxido de nitrogênio (NO2) na atmosfera de alguns rios e canais.
Eles ficaram um pouco mais limpos e cristalinos após apenas uma semana de quarentena — um estado que não atingia há 60 anos. Ou seja, ambos os impactos se deram graças ao “afastamento do homem”. Com o número reduzido de barcos e carros ativos, sem contar a paralisação de fábricas.
Além disso, a redução do consumo de energia elétrica pelas indústrias também teve resultados positivos. Ou seja, acarretou na diminuição de necessidade de geração hidrelétrica. Isso possibilitou a recuperação do nível de armazenamento dos reservatórios.
Consequências pandemia: Impactos para os animais
Alguns animais também sentiram os impactos de forma positiva. Enquanto os humanos se isolaram, eles ganharam um pouco mais de espaço. Além disso, teve a redução de atropelamentos de animais silvestres em rodovias que eram bem movimentadas em todo o mundo.
Vale destacar que o comércio de animais silvestres também terá uma maior atenção com o fim da pandemia. Já que tudo diz que a Covid-19 se originou em um mercado chinês que vendia animais vivos. E em grande parte de forma ilegal. Assim, é esperado que o surto ajude a conter o comércio global de vida selvagem.
Apesar dos impactos positivos, não se pode deixar de citar os negativos. Destaque para um deles, que foi a rápida produção de lixo, ainda mais da hospitalar, estimando ser 20 vezes maior durante a pandemia.
Isso porque as pessoas estão em casa, consumindo mais comida, água e energia. Então geram mais resíduos. A utilização de plásticos descartáveis também aumentou bem. Alguns comércios estão evitando os copos tradicionais reutilizáveis, na tentativa de impedir a propagação do vírus.
O que esperar com o fim da pandemia
Por fim, por mais que tenha ocorrido uma redução de gases poluentes, a questão do efeito global ainda continua tenso. Isso porque a pauta do aquecimento global continua esquecida enquanto a pandemia for a prioridade.
Então, pra que haja uma diminuição que seja significativa dos poluentes, seria necessário ter medidas drásticas, como o “isolamento do homem” ou uma reformulação completa na sociedade, incluindo indústrias e governos. Portanto, os impactos positivos de agora infelizmente não terão uma longa duração.
As emissões de carbono diminuíram entre 5.5% e 5.7% durante a pandemia. Entretanto, no ano passado, a ONU afirmou que para evitar desastres naturais, é preciso uma redução anual de 7.6% nos níveis de emissão pelos próximos dez anos. Ou seja, nem mesmo com uma pandemia fomos capazes de chegar a esses números e, após ela, será mais difícil ainda.
|Leia mais sobre: Consequências de uma pandemia na educação
2 Comentários